domingo, 23 de junho de 2013

A cirurgia para a retirada das pedras e da vesícula

Feitos todos os exames de sangue, visita ao anestesista, risco cirúrgico com o cardiologista, fui marcar minha cirurgia.

Realizei em Belo Horizonte, em um grande hospital particular.

Chegando pela manhã, minha cirurgia estava marcada para as 07:00 horas. Como moro cerca de 50 km de Belo Horizonte e pegamos muito trânsito nesse horário, cheguei ao hospital pouco depois das 06:00 hrs.
Embora estivesse marcado, só fui entrar no quarto lá pelas 11:00 hrs. Fiquei esperando no saguão do hospital sem poder questionar muita coisa.
Depois de muito esperar fui encaminhada ao quarto onde eu ficaria sozinha quando voltasse da sala de cirurgia. O quarto era bem grande, bem mobiliado, novo e me senti como em um quarto de hotel (me passou conforto e uma sensação de que eu iria ficar bem acomodada) e me passou na cabeça como seria com quem não tem condições de pagar por um plano de saúde e depende daqueles hospitais públicos onde nem maca direito tem para deitar (até por que eu passei por isso quando precisei ser internada na Bahia, logo, passei por apertos como qualquer cidadão brasileiro e pude senti na pele  como nos sentimos (e somos) largados.. mas... não é sobre queixas políticas o objetivo do blog..então, vamos mudar de assunto..rs)

Mesmo com toda a demora inicial, pediram que eu vestisse a camisola de internação e que eu subisse para o bloco cirúrgico. E que minha mãe poderia me acompanhar até lá. De 11:00 hrs, fiquei esperando até cerca das 13:00 hrs da tarde! O que eu já estava passando mal devido ao período muito longo de jejum e de ansiedade! Reclamava, mas o que eu ouvia era que tinha tido atraso no bloco cirúrgico e que deveria aguardar. E foi o que eu fiz, né? Se passaram mais alguns minutos e pude entrar... mais nervosa do que tudo.. por que juntou fome, ansiedade, raiva pela demora, medo de cirurgia, medo de ficar sozinha, medo de doer.. de tudo! Mas entrei!

Na sala (gelada pelo ar condicionado) tentei me enturmar com os médicos (se eles gostassem de mim, eles me tratariam melhor? com mais carinho??? rsrs ... não sei! Mas essa foi minha intenção em puxar conversa kkk)
E descobri que o anestesista era amigo de um ex-namorado meu (o que fez toda diferença, acredite! vou contando a história).
Conversa vai e vem, esse meu novo amigo anestesista me sedou e não vi mais nada!

O que sei é que minha cirurgia foi por vídeo, o que resultou em 04 "buraquinhos" na minha barriga (ao contrário do método antigo que era um corte bem grande). Como mostra a figura abaixo, a diferença entre as duas:

Foto da esquerda:  a cirurgia por vídeo, onde cânulas com câmeras e com umas "garrinhas" são introduzidas.
Foto da direita: método antigo onde é feito um corte bem grande e sua barriga é aberta, como se fosse uma cesariana (grosseiramente falando, lógico)






Não sei falar quanto tempo durou a cirurgia.
Saindo da sala de cirurgia, fui direto para uma sala de observação, onde fiquei com outros pacientes que estão na mesma situação  e várias enfermeiras ficam circulando o tempo todo. Nessa sala, eles esperam que acordemos bem da anestesia, medem temperaturas, qualidade da respiração entre outros procedimentos que garantem nossa "estabilidade".

O que aconteceu comigo, ao certo, não sei falar! Lembro que, ao acordar da sedação, não conseguia respirar de jeito nenhum (o que me deu um desespero imenso) e sentia uma dor tremenda no meu ombro (sim, no ombro! E eu operei na barriga.. kkk).
Não conseguia falar muito por que estava muito zonza de sedação e sem ar e com muita dor! Uma dor horrorosa! Nessa hora, escutei a voz do meu novo amigo anestesista! E ele veio em minha direção e vendo que eu estava acordada, veio falar comigo! Graças a Deus! Nessa hora tentei falar que não respirava.. e ele chamou mais alguém e colocaram alguma coisa no meu nariz, no meu rosto, um monte de enfermeiras em mim e.... e... e... não lembro! Apaguei!
Depois (não sei quanto tempo) lembro que acordei. A dor continuava mais forte ainda. Respirava um pouco melhor mas voltei a ficar muito nervosa (nunca tinha sentido falta de ar na vida), e comecei a tentar falar, chamar... Vieram mais enfermeiras e fizeram mais alguma coisa em mim (que eu não lembro) e apaguei de novo!

Ao acordar, já estava sendo levada pelos corredores do hospital em direção ao meu quarto.
O sacolejar da maca me fazia sentir muita dor! E eu reclamei isso. Mas eles começaram meio que rir de mim do tipo "minha filha, não tem outro jeito, aguenta aí e cala a boca" rs..
Ao chegar na porta do quarto, sentindo muitaaaa dor, vi minha mãe chegando desesperada e falando "ohhh minha filha!"... lembro que comecei a chorar.. e ela muito nervosa (depois fui saber que eu estava a horas na sala de recuperação e sem muita noticia e quem foi contar o por que eu estava demorando foi meu novo amigo-anestesista!).

Me passaram para a cama do quarto (aquelas elétricas), segurando pelo o lençol. Nessa hora, a dor triplicou! Chorei de novo! Só chorava! Era dor, era falta de ar, era tudo!

Adivinha o que eu comecei a fazer?????? A vomitar!!
Pensa na sensação, sua barriga acabou de ser aberta, você morrendo de dor e começa a ter contrações pra poder fazer vômito! Adivinha como que eu fiquei? Péssima! Parecia que ia morrer! rsrs

Nisso, meu novo-amigo-anestesista-salvador-amado-como-eu-preciso-agradecer-a-ele Chegou!
Viu a cena onde eu chorava e estava toda vomitada (por que foi de repente e minha mãe não teve tempo de pegar nada pra segurar o vômito). A dor era insuportável, o cheiro de remédio, a vontade de fazer xixi, a vontade de fazer cocô! Por que a principal coisa que acontece depois da cirurgia é a diarréia brava!!!
Ele mandou trazer morfina na hora!!!
Santa morfina! Mas não é tão mais santa porque não adiantou muita coisa.. só na hora! Depois de pouco tempo, a dor voltou do mesmo jeito! Foi um alívio breve (válido, mas breve demais pro meu gosto!).

Enfim, ele pediu pra me trocarem e me limparem.
E eu precisava me levantar pra ir ao banheiro! Com toda a urgência do mundo!
Mas a dor de mexer a barriga e fazer a força de contração para poder levantar era muito forte. E ao tentar me levantar um pouco, minha pressão já caiu na hora! Tive que ser segurada por enfermeiras e por minha mãe. Não conseguia me mexer! Estava paralisada de dor, de medo, de pressão baixa e de dor de barriga, de piriri mais forte que já vi na vida!

Depois de muito tentar e chorar de dor, levantei e fui andando tão devagar quanto tartaruga. Parecia tão distante! Consegui me sentar ao vaso. E parecia um alívio sem fim! É uma dor de barriga muito forte.
E quem já passou por isso pode falar a mesma coisa que eu!

Enfim... esse foi meu drama!

Ah.. a parte que me mudou a minha vida pra sempre estava para acontecer!
Foi o seguinte, essa diarreia parece que não acaba nunca e eu sentia muita dor mesmo. E toda hora eu queria levantar. Hora xixi, hora diarreia. Mas era o tempo todo! E como eu estava muito fraca a enfermeira me deu duas opções: ou eu colocava sonda (e fizesse xixi por aquele caninho) ou eu colocava fralda. Pensei logo na parte do caninho sendo colocado e aquilo já era visto como inaceitável. Resolvi aceitar colocar fraldas por que eu não conseguia mais levantar. Não conseguia comer por que fazia vômito e a diarreia fazia com que eu ficasse cada vez com menos força. E com isso, aumentaram o meu soro. Logo, aumentava minha vontade de urinar a cada 5 minutos.

O ato de colocar fraldas vai ficar na minha memória pra sempre. Foi uma cena que eu não me imagina como personagem principal. Ver a enfermeira ensinando minha mãe como colocar, foi muito envergonhoso pra mim. Mas na hora, eu só pensava em não precisar me levantar mais. Assim que colocaram eu fiquei com vontade de fazer e meu irmão estava na hora, do meu lado. A vergonha de todo mundo, o medo de dar aquele cheiro de xixi, o medo de vazar na cama e o a cena na minha cabeça me travava! Lembro da minha mãe falando "solta, esquece que estamos aqui, pensa num cachoeira, relaxa e deixa o xixi sair".
Só consegui fazer quando não aguentava mais segurar.
A sensação foi horrível misturada com um alívio. Parecia que ia vazar na cama toda.
Fiquei com aquela cara de criança quando sabe que fez coisa errada, sabe? rsrs  Mas em poucos minutos fiz o segundo. Aí sim vazou!!! kkkk... Vazou!!
Nossa.. que coisa horrorosa!
Mas não teve jeito, gente! Era muito xixi pra uma vez só! E o detalhe: levantar o quadril para colocar a fralda era como se estivesse abrindo meus pontos! Eu não conseguia mexer pra nada!
Aí tiveram que trocar fralda, lençol ... ahh neim.. que sofrimento! rsrs

Normalmente o paciente que retira a vesícula vai embora no dia seguinte pela manhã. Mas como vocês estão lendo, não tinha a menor possibilidade de eu ir embora no outro dia... esse sofrimento foi assim por mais 2 dias!

Até a hora da alta e ir pra casa... que eu conto em outro post por que esse aqui já tem dor demais! rsrs
Espero que eu não tenha assustado quem está para fazer essa cirurgia. rsrs










  


sábado, 22 de junho de 2013

Pedra na vesícula: o que é, sintomas e causas

Afinal, o que é vesícula?

De acordo com o site do Dr. Dráuzio Varella:

A vesícula biliar é um órgão em forma de saco, parecido com uma pera, localizada abaixo do lobo direito do fígado.



Sua função é armazenar a bile, líquido produzido pelo fígado que atua na digestão de gorduras no intestino.
A bile é formada pela mistura de várias substâncias, entre elas o colesterol, responsável pela imensa maioria da formação de cálculos (pedras na vesícula), que podem impedir o fluxo da bile para o intestino e causar uma inflamação (colecistite).


Cálculos biliares são pequenas pedras que se formam na vesícula biliar, órgão localizado no lobo inferior direito do fígado onde a bile se concentra e de onde é lançada sob a influência de um hormônio intestinal.
A bile produzida no fígado consiste na mistura de várias substâncias, entre elas o colesterol, responsável por cerca de 75% dos casos de formação de cálculos. Alguns deles se alojam na vesícula biliar e não causam sintomas. Outros ficam presos no duto biliar e bloqueiam o fluxo da bile para o intestino. Essa obstrução provoca a cólica biliar que se caracteriza por dor intensa no lado direito superior do abdome ou nas costas, na região entre as omoplatas.
A crise de cólica persiste enquanto a pedra permanecer no duto. No entanto, muitas podem voltar para a vesícula ou ser empurradas para o intestino. Quando isso ocorre, a crise dolorosa diminui.
Sintomas
Alguns cálculos na vesícula podem ser assintomáticos, mas outros provocam dor intensa do lado direito superior do abdome que se irradia para a parte de cima da caixa torácica ou para as costelas. A dor normalmente aparece meia hora após uma refeição, atinge um pico de intensidade e diminui depois. Pode vir ou não acompanhada de febre, náuseas e vômitos.
Causas
Muitos fatores podem alterar a composição da bile e acionar o gatilho de formação dos cálculos na vesícula. Alguns fatores que aumentam o risco são:
* Dieta rica em gorduras e carboidratos e pobre em fibras;
* Vida sedentária que eleva o LDL (mau colesterol) e diminui o HDL (bom colesterol);
* Diabetes;
* Obesidade;
* Hipertensão (pressão alta);
* Fumo;
* Uso prolongado de anticoncepcionais;
* Elevação do nível de estrogênio o que explica a incidência maior de cálculos biliares nas mulheres;
* Predisposição genética.
Tratamento
O tratamento pode ser feito à base de medicamentos que diluem o cálculo se ele for constituído apenas por colesterol. Nos outros casos, a cirurgia por laparoscopia, que requer poucos dias de internação hospitalar, é a conduta mais indicada. Tratamento por ondas de choque para fragmentar o cálculo representa também uma possibilidade terapêutica.
Recomendações
* Faça uma dieta rica em fibras e com pouca gordura. Alimentos gordurosos podem elevar o nível do colesterol;
* Procure manter o peso ideal para seu tipo físico. Isso ajuda a controlar o nível do colesterol e a prevenir diabetes e hipertensão;
* Largue o cigarro;
* Discuta com seu médico a conveniência de tomar pílulas anticoncepcionais ou fazer reposição hormonal, se você tem histórico familiar de cálculo na vesícula.

Após essa aula bem completa e ao mesmo tempo bem simples de entender, já dá pra ter  uma idéia do que é o problema de pedra na vesícula.







COLECISTECTOMIA: Cirurgia para Retirada da vesícula biliar

Resolvi sair um pouco do assunto da lipoaspiração e falar da cirurgia que eu precisei fazer para retirar minha vesícula.

Antes de colocar explicações mais formais sobre o assunto, vou contar o que eu sentia:

- Intestino muito preso: ia ao banheiro com dificuldade, cerca de no máximo 2 vezes por semana. Isso fazia com que minha barriga vivesse inchada, estufada e eu mal humorada.

- Dores abdominais: na maioria das vezes, após as refeições eu sentia dores fortes abdominais. No começo achava que eram gases, mas depois, comecei a perceber que eram muito recorrentes e depois que eu comia uma refeição mais farta (tipo almoço, jantar ou lanche mais pesado). Era uma dor misturada, como se fosse uma dor de barriga e uma cólica menstrual.

- Quando comia algo mais gorduroso sempre me sentia mal, inchada mais que o normal: após um churrasco (onde eu sempre comia muita gordura) sentia mal estar e muitas vezes sentia ânsia de vômito depois.

- Gastrite e esofagite crônica: fazia exames de endoscopia digestiva a cada 06 meses para acompanhar minha gastrite e esofagite, que já eram consideradas crônicas. E nada de melhora.

- De remédios, tomava: pantoprazol todos os dias pela manhã de jejum, anticoncepcional via oral e Oxcarbamazepina (anti convulsivante que tomo para minhas tonteiras e desmaios (que já contei um pouco aqui no blog e que explico em outra ocasião))


Enfim, ao mudar de gastro, ele me pediu vários exames e pediu, pela primeira vez um ultra som da vesícula. Ao realizar o exame, foi constatado vários cálculos (pedrinhas). Esses cálculos apareceram muito claramente no exame. E nenhum dos médicos haviam me pedido tal exame, o que me deixou bastante surpresa.

Note que logo na parte de baixo aparecem algumas bolinhas, essas são as pedrinhas (essa foto foi tirada da internet, mas no exame aparecem exatamente assim)

Assim, fui aconselhada a fazer essa cirurgia para a retirada da vesícula (ao contrário do que estamos acostumadas a ver com pedra nos rins, a vesícula é toda removida). E é essa história que vou contar! Como foi o processo de retirada da vesícula, internação, cirurgia, dores, pós operatório, cicatrizes e resultados finais.





sábado, 15 de junho de 2013

Foto depois Lipoaspiração - 09 meses

Olá a todos!

Sei que estou meio sumida por aqui de novidades...
Mas respondo todos os comentários e dúvidas com todo carinho do mundo!
E tenho recebido emails pedindo fotos recentes.

Como foto sempre é meu pecado, por que nunca consigo fotos realmente boas e fico super sem graça de tirar de biquini, vou pegar umas das poucas fotos que tirei semana passada na praia.

São 09 meses desde que fiz minha lipoaspiração no abdômen, culote, flancos, parte interna da coxa e nos braços.

Eu ainda uso a cinta de abdômen sempre que posso, no mínimo umas três vezes por semana durante todo o dia. Não consigo mais dormir com a cinta por que me dá uma dor nas costas horrorosa e não consigo dormir de lado por muito tempo. Aí vocês me perguntam: precisa usar esse tempo todo?
Eu respondo: não sei se precisa! Mas minha consciência dói demais nos dias que eu não uso! Parece que minha barriga pode crescer, estufar, deixar de ficar fina, deixar de ficar do jeito que eu sempre quis! E aí, eu uso! É bom usar? Não, é péssimo! Dói, machuca, aperta, corta a pele, você tem que usar mais apertado pra poder dar efeito.. por que usar com ela mais frouxa não vai adiantar em nada! Você vai usar a toa! (claro que não é apertando demais também, né? rsrs Bom senso!)

Essas fotos são as que eu tirei sem ser com intenção de colocar aqui no blog. Então, tive que cortar a maioria delas... por favor, sem olhar muito crítico quanto a qualidade delas, por favor rsrs!

Ah, lembrando algumas coisinhas pra quem não leu os outros posts..
01 - pode parecer mas em nenhuma estou murchando a barriga. As minhas costelas estão mais altinhas mesmo e a cintura mais fina. Não estou murchando!
02 - minhas barriga é manchada mesmo! É de nascença.
03 - eu não malho e por isso, minhas pernas estão com aparência de celulite (por que tenho mesmo rs). Isso não tem a ver da minha cirurgia ter ficado boa ou ruim, é um problema pessoal.. pois, se não malho, minhas pernas ficam mais flácidas mesmo, logo dá celulite. Se você tem saúde pra malhar, minha amiga (que infelizmente não é meu caso, não perca tempo! Vá pra academia sem dó!)



Essa é a minha preferida por que dá pra ver direitinho de lado. Dá pra ver o braço mais fino, a barriga bem reta, bumbum empinado e sem culote.





De short pra vocês verem como que fica com roupa normal, do dia-a-dia.




De vestido pra também terem noção de roupa. Perna mais fina e braço também.